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A resiliência das padarias

Sobreviver a esse cenário desalentador configura um desafio tão intenso quanto a última crise vivida pelo segmento durante a greve dos caminhoneiros, em 2018. Na ocasião, as lojas lidavam com a falta de produtos típicos e precisaram se esforçar muito para seguir de portas abertas no período. Apesar disso, assim como na paralisação, o segmento da panificação, composto essencialmente por micro e pequenas empresas, mais uma vez repete o empenho para servir a sociedade da melhor maneira possível durante a pandemia.

Com o propósito de amenizar as perdas, o Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão) tem orientado os seus associados para a consolidação do modelo multisserviços que potencializa encomendas e entregas, sem perder de vista as recomendações dos órgãos oficiais de saúde. Com as pessoas em casa, o momento favorece a produção de porções menores, que devem estar devidamente prontas e embaladas para serem consumidos fora da padaria, seja durante o café da manhã ou no almoço. Também é possível disponibilizar pequenos modelos de tortas, doces, salgados, entre outros, para a realização de celebrações adaptadas com uma quantidade menor de pessoas.

Com boa parte da população cada vez mais conectada à internet, o investimento em estratégias de marketing digital para ampliar a presença nas redes sociais, bem como outros canais e plataformas de comércio online, é outra solução que se faz ainda mais necessária para manter as vendas aquecidas. Nesse contexto, as ferramentas virtuais permitem uma interação rápida com o cliente, a divulgação de produtos e ações realizadas no negócio, além de impulsionar os serviços de entrega em domicílio.

A Amipão segue buscando diferentes autoridades dos governos federal, estadual e municipais com a proposta de solicitar a redução de alguns encargos para reduzir os impactos da crise no setor. Além disso, a entidade tem articulado, junto a vários panificadores, diversas reuniões online em plataforma digital com temas variados que se relacionam à crise para fomentar o debate, o compartilhamento de experiências e soluções que estão sendo aplicados nos negócios. O propósito é renovar as esperanças e a coragem dos empresários com trocas pertinentes.

A tendência é que a quarentena dure mais algumas semanas, levando o consumidor a precisar de ainda mais suporte das padarias. Atualmente, elas correspondem a 10% do mercado nacional, com, aproximadamente, 7 mil empresas que geram mais 80 mil empregos diretos e outros 180 mil indiretos. Por isso, é importante que um dos principais setores da economia siga unido e fortalecido para prestar um serviço de qualidade e essencial à sociedade, que sonha com dias melhores.

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Amipão e Sebrae promovem consultorias para gestores de padarias

O Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão) fechou uma parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas), para ofertar um programa de capacitação para gestores do segmento de panificação. Podem participar padarias, fábricas de pães congelados de pães embalados prontos e de salgados. O objetivo da parceria é levar conhecimento para ampliar e eficiência de processos inerentes ao segmento.

Os participantes, divididos em três turmas, contarão com a realização de workshops coletivos sobre gerenciamento das padarias, que vão abordar áreas de finanças, produção e publicidade e marketing. O programa também contará com 20 horas de consultorias individuais que serão realizadas em três fases, de maneira presencial e on-line. Os consultores vão aprofundar, na fase individual, os conhecimentos transmitidos em cada workshop, dentro da realidade e particularidades de cada empresa, com a implementação de estratégias sugeridas durante os treinamentos coletivos.

Para o presidente da Amipão, Vinícius Dantas, os empresários devem aproveitar a oportunidade. “Estamos vivendo um momento de grandes transformações. A pandemia nos trouxe uma necessidade de adaptação à nova realidade; a economia tem aumentado os preços da matéria prima utilizada em nossa indústria, reduzindo a margem de lucro; e o perfil de consumo do cliente mudou muito nos últimos anos —e ainda vai mudar. É preciso ter foco na gestão para potencializar os resultados do negócio. Nesse contexto, contar com a experiência do Sebrae para identificar gargalos e propor novas possibilidades é de grande importância para o segmento”, explica.

As inscrições podem ser feitas no Sebrae Minas, pelos telefones (31) 3379-9135, (31) 99962-6078, ou por e-mail (anderson.freitas@sebraemg.com.br). O investimento para participação é de R$ 680, podendo ser dividido em 8 parcelas de R$ 85 no cartão de crédito ou 3 parcelas com pagamento via boleto bancário. A participação é limitada a empresas de Belo Horizonte e Região Metropolitana.

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Dólar e dependência externa de trigo mantêm preço do pão nas alturas

Por trás do preço do pão francês, que pode chegar a R$ 18,90 nas padarias de Belo Horizonte, está o trigo, que acumula, em 2020, o maior valor médio dos últimos anos. Com a desvalorização do real frente ao dólar e a dependência brasileira de trigo importado, a tendência é que produto continue em patamares altos nos próximos meses. Segundo especialistas, o aumento da produção interna é o que pode contribuir para a redução do custo da commodity, tão presente na mesa dos brasileiros.

“Há desvalorização do real de mais de 40% desde o início do ano, o preço do trigo importado da Argentina e de outros países está subindo, e a safra brasileira, cuja colheita está começando agora, também está com preço alto, porque o produtor brasileiro está exportando um pouco. A expectativa é que o preço do trigo se mantenha nos níveis atuais, talvez um pouco mais altos”, afirma o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), Rubens Barbosa.

Segundo Barbosa, o Brasil importa entre 55% e 60% das cerca de 12 milhões de toneladas de trigo que consome anualmente. Somente neste ano, até julho, o país comprou em torno de 3,9 milhões de toneladas de fora, a maior parte da Argentina, que passou a diversificar os consumidores e vender mais para outros mercados, o que também contribuiu para a alta do preço. Dados da Abitrigo mostram que a tonelada do trigo argentino custava, em média, R$ 903 no ano passado e, neste ano, passou a R$ 1.173.

O que pode ajudar a reduzir o preço do trigo é o crescimento da produção interna, que deve acontecer neste ano, de acordo com o analista sênior da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Carlos Pacheco: o Paraná deve colher 3,4 milhões de toneladas, metade nas próximas duas semanas. “Vai ter bastante trigo aqui, o que vai pressionar os preços para baixo e diminuir a necessidade de importação. No ano passado, foi de 6,6 milhões de toneladas. Neste ano, serão 5,5, milhões. Quem tiver de importar vai pagar mais caro”. Conforme dados da Abitrigo, o trigo brasileiro está custando, em média, R$ 1.061 em 2020.

De acordo com o presidente do Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão), Vinicius Dantas, o preço da farinha se estabilizou nos últimos três meses, mas em níveis altos. Em outubro do ano passado, o pacote de 25 kg custava em torno de R$ 56 a R$ 58 e, hoje, está na faixa de R$ 70 a R$ 77. “A padaria não teve outra opção a não ser fazer um sacrifício e manter os preços. A pandemia e a crise econômica trazem mais dificuldades para o consumo”, diz Dantas.

Segundo ele, a tendência é que o preço do pão permaneça estável, desde que o custo do trigo não cresça demais. Ontem, uma pesquisa do Mercado Mineiro mostrou que o produto custa, em média, R$ 14,07 em Belo Horizonte. Mas, entre os estabelecimentos, o quilo pode variar de R$ 9,50 a R$ 18,90. “A variação é uma questão de custeio”, afirma.

Proprietária de uma padaria no bairro Califórnia, na região Noroeste de Belo Horizonte, Luciana Balsamão diz que vem sentindo o aumento no preço da farinha de trigo, mas não repassou a alta para os consumidores. Há mais de um ano, o quilo do pão francês custa R$ 12,50 no estabelecimento. “Está todo mundo apertado, sem dinheiro, a muçarela e os derivados do leite já aumentaram, e a margem do pão é boa, é o que sustenta a padaria. Manter o preço é uma forma de fidelizar o cliente”.

Minas Gerais quer aumentar produção de trigo

A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) defende a ampliação da produção nacional de trigo para a redução da dependência externa e da redução do preço.

“Precisamos reduzir a vulnerabilidade e a dependência externa de um produto tão estratégico quanto o trigo, que está na mesa de todos os brasileiros. Isso não ocorre da noite para o dia, mas, com o apoio do Ministério da Agricultura, vai haver uma tendência de ampliação das áreas plantadas nos próximos anos”, afirma o presidente da entidade, Rubens Barbosa.

Em Minas Gerais, o governo está incentivando o aumento do plantio de trigo. Atualmente, o Estado é responsável por 3% da produção nacional, atrás de Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.

“O trigo tem algumas características do sul, e nós aqui, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) junto com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), temos trabalhado muito na introdução do trigo no cerrado. Em 2005, produzimos 64 mil toneladas, hoje são 205 mil. É pouco ainda, mas já é um ganho de três vezes em relação a 15 anos atrás”, afirma o subsecretário de Política e Economia Agropecuária do Estado, João Ricardo Albanez.

Segundo ele, a região do Alto Paranaíba é a maior produtora de trigo em Minas Gerais.

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Informativo Técnico | Edição 1

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Amipão realiza curso sobre estratégias de comunicação

O Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão) vai promover, no dia 08 de setembro, às 19h, o curso “Estratégias de Comunicação, Eventos e Promoções para Panificação”. Realizado por meio da plataforma Zoom, o objetivo do treinamento é capacitar gestores de padarias para a criação de ações que atraiam os clientes, como campanhas de comunicação e eventos. As inscrições podem ser feitas por meio do Sympla, no link QUERO FAZER MINHA INSCRIÇÃO e custa R$75,00 para associados à entidade.

Por meio do uso de diferentes ferramentas, as instrutoras Paula Martins, coordenadora de marketing da Amipão, e Rita de Cássia Miranda, especialista em marketing digital para o setor da panificação e gestora do portal Padaria de Sucesso, vão apresentar aos presentes diversos formato de realização e divulgação de eventos, promoções, festivais e outras ações que podem ser realizados por uma padaria.

Para o presidente da Amipão, Vinícius Dantas, as oportunidades apresentadas no curso são essenciais para o setor, especialmente em uma época de comunicação digital. “Não podemos ficar parados no tempo, acreditando somente na divulgação boca a boca. A compreensão apropriada das ferramentas de comunicação digital é necessária para o crescimento do negócio”, explica.

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Revista Amipão | Edição 145

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Presidente da Amipão participa de webinar sobre segurança e energia elétrica

Evento promovido pela Cemig vai abordar a importância de investir em saúde e segurança para otimizar custos; energia elétrica é uma das três maiores despesas dos empresários da panificação

No dia 23 de julho, às 19h, o presidente do Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão), Vinícius Dantas, vai participar do webinar “É Hora da Segurança – Investindo na saúde e segurança para otimizar custos para sua empresa”.

O evento gratuito é uma realização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e será transmitido pelo canal Cemig Energia no You Tube, por meio do link https://youtu.be/xP3_LXSP4JQ.

O webinar contará também com a presença dos representantes da Cemig Frederico Ataíde, coordenador de segurança do trabalho, e João José Soares, gerente de saúde e segurança do trabalho.

Os participantes vão debater sobre a importância da informação na prevenção de danos e acidentes com a energia elétrica.

Para Vinícius Dantas, o seminário é de extrema importância, não só para o setor da panificação. “Qualquer tipo de acidente gera custo, financeiro ou humano, e qualquer negócio, sem exceção, está sujeito ao risco de acidentes.

A melhor maneira de minimizar os riscos de acidentes é através de uma prevenção eficiente.”

A participação de Dantas reflete a presença da energia elétrica no segmento da panificação.

”Pela natureza industrial das padarias, a eletricidade ocupa um lugar de extrema relevância, nas contas e na operação em si, desde aparelhos usados na produção, na manutenção da temperatura dos produtos, em aparelhos de limpeza e nos sistemas de controle e cobrança.

Um curto-circuito causado por uma manutenção mal executada, por exemplo, pode causar danos imensos”, explica o presidente da entidade.

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MARCA EMPREGADORA – A Atração e a retenção de profissionais

Ter uma equipe engajada, motivada e envolvida com as questões da organização é o ideal de toda empresa que busca alcançar o sucesso. Para isso é preciso encontrar formas para se diferenciar no mercado conquistar e reter os profissionais certos.

A ATRAÇÃO DE PROFISSIONAIS

Para atrair o profissional desejado é importante que se defina o perfil que exemplifica o profissional certo para sua empresa.

Para fazer isso, levante informações com os colaboradores mais engajados e produtivos de sua empresa e faça um alinhamento de expectativas quanto ao ideal que você necessita para cada desafio que possui. É importante lembrar que, o super profissional dos sonhos que você acha precisa pode não ser o ideal, e esses dados levantados, relacionados à criação do perfil, te ajudarão e enxergar o que você de fato, e como pode conquistá-lo.

Outra forma de atração e trabalhar o fortalecimento da marca. Porém, saber como fazer exige algumas estratégias que muitas vezes precisam estar alinhadas com os setores de comunicação da empresa, a fim de projetar o nome da organização como uma marca empregadora. Para isso é necessário ter uma cultura organizacional bem definida, ou seja a linguagem da empresa expressa nas vestimentas, sua rotina e ações. Uma boa cultura motiva seus colaboradores e, transmite suas visões, valores e ideias para os profissionais que estão em busca de um ambiente de trabalho no qual se identifiquem. Utilize o site e as redes sociais da empresa para propagar esses valores para o público externo.

Aposte na formação dos profissionais, tomando como base a atração de talentos, poucas estratégias são tão efetivas para conquistar novos talentos quanto a execução de programas de formação. Essa estratégia permite que você aposte em profissionais para contribuir com novas perspectivas e ideias, desenvolvendo-os e visando futuras posições de liderança.


O colaborador como embaixador da sua marca

Ao trabalhar a imagem positiva da sua empresa, consequentemente atrairá candidatos certos para o seu time e também engaja os colaboradores que já fazem parte dele.  Além disso, essa estratégia irá facilitar e reduzir custos no processo de recrutamento e seleção, já que, os profissionais mais bem-sucedidos irão procurar pela sua organização e irão se dedicar para fazer parte da sua equipe de colaboradores. Essa estratégia reduz o turnover da empresa, já que, com as técnicas de posicionamento de marca, o colaborador sentirá que a empresa se importa com seu talento fazendo com que ele se sinta valorizado na equipe.

Um colaborador satisfeito é a maior propaganda da sua empresa. Uma pessoal que se sente satisfeito no ambiente profissional propaga a marca para seus familiares e amigos. Eles também se sentirão orgulhosos em divulgar conteúdo da empresa em suas redes sociais, se tornando praticamente embaixadores da marca. Incentive-os também em criar conteúdo como vídeos e posts para as redes sociais da empresa, tornando-os protagonistas da marca, em que eles falem sobre seu crescimento profissional, o que os motivam a trabalhar na organização.

RETENÇÃO DE TALENTOS

Compete ao gestor garantir a retenção dentro da sua equipe, descobrindo quais são os fatores que os incentivam a fazer parte da empresa. Hoje em dia já se sabe que existem diversas questões mais importantes que o salário e papel do gestor observar esses pontos. As pessoas têm procurado diferenciais que as façam identificar os valores da empresa que vão além da remuneração fim do mês. É claro que um salário justo é obrigação, mas não mais o suficiente.

O investimento em benefícios, como plano de saúde, premiações, descontos em faculdades e academias são ótimas ideias para deixar seus colaboradores mais satisfeitos e engajados no ambiente empresarial. O incentivo ao desenvolvimento profissional por meio de cursos e treinamentos de capacitação trazem vantagens não só para o profissional mas, também, para a empresa, que contará com uma equipe mais qualificada e profissionais de excelência.

O Ambiente e Gestão

O trabalho é onde estamos a maior parte do nosso dia. Assim, empresas em que há problemas de relacionamento recorrentes ou falta de liberdade costumam ter altos índices de turnover.

Ter um ambiente de trabalho sadio é um princípio básico para uma empresa que quer atrair e reter profissionais. Aqui entram tanto as questões físicas como um mobiliário adequado, iluminação, manutenção de uma temperatura agradável, como a construção de um lugar com um bom clima de trabalho, onde exista leveza, relacionamentos saudáveis e uma boa energia.

Ambientes hostis, com rigidez extrema ou em que não há espírito de equipe leva à perda dos melhores talentos de uma empresa. Desenvolva uma gestão no qual os colaboradores possam desenvolver as suas habilidades e que ofereça uma autonomia progressiva, permitindo que cada um tenha responsabilidades, assim como a oportunidades de ver o seu trabalho como algo importante. Ao perceber a sua importância para a organização, o colaborador se sente reconhecido e muito mais motivado. Celebração cada pequena conquistas e reconheça cada pessoa dentro do time. Esforce-se sempre para ressaltar a importância e o bom trabalho de cada um.

Para reter, é preciso encontrar formas de construir relacionamentos duradouros e baseados na confiança. Isso só pode acontecer quando o colaborador se sente valorizado e respeitado. O feedbacks é essencial a construção dos relacionamentos de confiança. Cabe ao gestor orientar os seus colaboradores, mostrando a eles o que tem funcionado e o que precisa ser melhorado para que a organização e o próprio profissional possam continuar crescendo.

Esteja atento a aqueles colaboradores com carga horária excessiva ou desproporcional à sua remuneração, bem como os desvio de função. Essas situações afetam não apenas o desempenho profissional, mas a vida pessoal, levando a pedidos de demissão

Lembre-se de que o comportamento dos líderes afeta diretamente o desempenho dos colaboradores e os resultados da empresa. No entanto, poucos gestores atentam para a dimensão desse impacto na retenção e atração profissional. 

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Sebrae faz recomendações para retomada de padarias e confeitarias

Durante a pandemia do coronavírus, os pequenos negócios têm sido um dos setores da economia mais atingidos pela crise. Por isso, o Sebrae construiu protocolos setoriais para orientar os donos de micro e pequenas empresas sobre como proceder nesse momento de reabertura e sobre os cuidados a serem tomados no atendimento diário dos clientes. O segmento de panificadoras e confeitarias, embora não tenha fechado as portas por ser considerado como atividade essencial, teve de rever seu modo de funcionamento e se adaptar às novas exigências do consumidor e das autoridades de saúde.

Mesmo as padarias sendo consideradas como “atividade essencial”, e por isso não tendo a obrigatoriedade do seu fechamento durante as medidas restritivas, vários serviços oferecidos tiveram de ser paralisados ou adaptados. Padarias que atuavam com serviços de bufê (café colonial e almoço) adaptaram os serviços para entregas de marmitex e cestas de café colonial, através de delivery ou encomendas. O autosserviço, modalidade onde o próprio cliente escolhe seu produto, teve que ser abortado das operações de padaria, tão logo, foi substituído pelo atendimento direto dos funcionários.

As recomendações previstas no Protocolo elaborado pelo Sebrae, tomam como base os documentos produzidos pelas instituições de referência na saúde, nacionais e internacionais. O primeiro alerta feito no documento é sobre a importância de acompanhar de perto os decretos e normas determinadas pelas autoridades estaduais e municipais. Esse cuidado é fundamental, em razão das diferentes realidades que vêm sendo enfrentadas no controle da pandemia, no território nacional.

Desde o começo, Maria Aparecida Carvalho Vaz sempre participou de feiras e eventos para promover os ‘beijos de mel’ que ela faz. Crédito: Acervo pessoal

Espaço físico

A limitação do espaço físico nas padarias e confeitarias é um dos maiores desafios enfrentados pelos donos de pequenos negócios na retomada das atividades. As orientações das autoridades de saúde são de que seja evitada a concentração de pessoas no mesmo ambiente e que – se possível – o empreendedor avalie a possibilidade de alterar horários de trabalho e turnos, realizando rodízios de equipe. Evitar o cruzamento de pessoas (por exemplo, funcionário da reposição com equipe de produção) também é importante, assim como diminuir a capacidade de público do estabelecimento, sempre observando a separação mínima de um (temos utilizado a expressão: “no mínimo, 1m) entre eles.

Os ambientes também devem ter boa ventilação, e no caso de necessidade de uso de ar-condicionado e outros sistemas de climatização, deve-se seguir legislação específica e garantir a limpeza dos seus componentes, além de evitar que o fluxo incida diretamente sobre as pessoas, mesas e alimentos. Nos estabelecimentos com serviços de lanchonete e restaurantes, o uso de toalhas de tecido nas mesas deve ser evitado e se usadas, devem ser trocadas a cada cliente ou ser coberta por um revestimento higienizável. É preciso remover condimentos, enfeites, guardanapos ou qualquer item das mesas que possa ser tocado por mais de um cliente e desinfetar os cardápios entre os atendimentos. Um novo modelo de menu pode ser pensado, como o uso de lousas, modelos plastificados (higienizáveis) ou cardápios digitais, nos quais o cliente pode acessar pelo celular.

O mix de produtos poderá ser adaptado para a nova situação, oferecendo mais produtos embalados e individualizados. Sugere-se embalar os produtos como: pães doces, roscas, broas, biscoitos, doces e toda a linha de produtos onde a qualidade não seja prejudicada com o processo de embalagem. Produtos que não mantêm a qualidade se embalados como, por exemplo, o pão francês, devem seguir as recomendações de autosserviço devidamente adaptado, e a vasca de exposição, preferencialmente, deve ter barreiras de proteção de acrílico, plástico ou vidro. Os clientes devem ser orientados a aguardar o momento para pegar o pão mantendo adequado distanciamento.

Segundo a consultora do Sebrae/PR, Patricia Santini, não basta seguir os protocolos de higiene e segurança com rigor. “É preciso comunicar o consumidor de que os protocolos de segurança sanitária e boas práticas de alimentação estão sendo cumpridos, porque a sensação de estar protegido, especialmente neste momento, influencia a decisão de compra, seja para consumir no local, pegar e consumir em casa ou por delivery”, explica.

Sobre outras estratégias, a consultora acrescenta que mesmo os negócios que não possuíam perfil para delivery precisam adotar esse modelo de atendimento, sempre de olho nas oportunidades. “O setor de eventos está mudando. As padarias e confeitarias estão acompanhando? Como estão sendo as confraternizações a distância por conta do home office, os aniversários de crianças e idosos? Além das festas, é possível também elaborar produtos para presentear, como cestas”, exemplifica.

Vilson Felipe Borgmann teve que realizar adaptações na padaria Mister Pão, em Curitiba, para continuar funcionando. Crédito: Divulgação.

O Paraná possui alguns exemplos de estabelecimentos que buscaram mudar a maneira de trabalhar e se transformaram durante a pandemia. Em Curitiba, o proprietário da padaria Mister Pão, Vilson Felipe Borgman, chegou a ter 70% na queda de faturamento e precisou se adaptar para continuar no mercado. Além de todas as medidas de segurança e higiene na loja e da redução no horário de funcionamento, ele deixou de incentivar as refeições na própria padaria e passou a fazer entregas de marmitas, a estar presente em aplicativos de entregas e a vender uma linha de alimentos congelados, além de pães artesanais e kits para datas especiais como o dia dos namorados. Para isso, também começou a contar com o WhatsApp em que conta com uma lista de clientes interessados em saber as novidades do estabelecimento.

“A crise nos pegou de surpresa, não esperávamos por uma mudança tão brusca e repentina. Tivemos que nos reinventar para estar presentes no mercado e as vendas externas, por meio de entregas, foram uma das nossas principais saídas. Não sabemos quanto isso vai durar mas acredito que as padarias serão modificadas de maneiras permanente mesmo após a pandemia. Acredito que elas podem voltar a ser menores, com opções mais reduzidas de produtos, voltando a um formato original em que as padarias foram pensadas”, explica ele.

Em Laranjeiras do Sul, região centro-oeste do Paraná, a professora e confeiteira Maria Aparecida Carvalho Vaz, inaugurou em janeiro deste ano a Maria Bonita Confeitaria, mas teve que fechar as portas em março. Desde então, novas estratégias foram adotadas para garantir a sobrevivência do negócio.

“Reinventar tem sido nossa palavra-chave. Reestruturamos a confeitaria para que ela ficasse bem aconchegante para receber os clientes e com a pandemia, precisamos fechar e repensar muitos produtos. Hoje, trabalhamos exclusivamente com delivery e entrega no balcão, garantindo a fidelização dos clientes. Entregamos kits juninos, meu filho cria cestas especiais e comemorativas de comidas e eu me dedico aos doces. Estamos fazendo aquilo que o cliente quer receber, pois agora, eles compram, mas não podem permanecer na confeitaria”, explica Maria Aparecida.

Desde março, a empresa está fechada para atendimentos presenciais. A opção foi pela segurança da equipe e dos clientes, visto que o espaço é pequeno. Maria Aparecida prevê que a reabertura só ocorra quando os casos de Coronavírus na cidade comecem a decrescer. Enquanto isso, abre apenas para entregas rápidas no balcão e encaminhamento das entregas, mas o espaço já conta com uma quantidade extra de álcool em gel, está com as mesas mais espaçadas e não tem circulação constante de pessoas.

Informação e prevenção

A comunicação é essencial. Uma opção é fixar cartazes no espaço físico da loja descrevendo as ações adotadas pela empresa. Explorar também os canais digitais para essa comunicação, como redes sociais e o contato por meio de aplicativos de mensagens. Os funcionários são elementos essenciais na difusão das ações de segurança adotadas pela empresa. Por isso, eles devem ser muito bem treinados e orientados permanentemente.

Confira algumas das principais orientações do Protocolo para Reabertura de Panificadoras e Confeitarias

Cuidados com os funcionários

  • Priorize medidas para distribuir a força de trabalho ao longo do dia, evitando concentrá-la em um turno só.
  • Quando possível, recomenda-se que funcionários administrativos pratiquem teletrabalho ou trabalho remoto.
  • Substitua bebedouros, orientando os funcionários a trazerem garrafas de água de casa ou disponibilize garrafas ou copos individuais de água potável.
  • Oriente que os colaboradores vistam o uniforme, ou roupa de trabalho, somente no local da empresa.
  • Realize reuniões de alinhamento todos os dias, e reforce as medidas para os colaboradores.
  • Informe diariamente os colaboradores sobre a situação da pandemia e oriente-os a não propagarem notícias falsas (fakenews).
  • Você pode designar um funcionário para repassar as informações aos colegas. Todo dia um colaborador diferente pode ser o encarregado, isso reforça o espírito de equipe.

Cuidados com o espaço

  • Tenha entrada de serviço separada. Caso não seja possível, evite que colaboradores e clientes transitem simultaneamente pela entrada única.
  • Diminua a capacidade de público do estabelecimento, de modo que seja possível uma separação mínima de (temos utilizado a expressão: “no mínimo, 1m) entre as cadeiras e 2m (dois metros) entre as mesas.  Toalhas de tecido nas mesas devem ser evitadas. Se usadas, devem ser trocadas a cada cliente. Uma alternativa é a colocação de plásticos transparentes mais rígidos sobre as toalhas que possam ser desinfetados após cada cliente.
  • Remova condimentos, enfeites, guardanapos ou qualquer item das mesas que possa ser tocado por mais de um cliente.
  • Desinfete os cardápios entre o atendimento de clientes. O modelo do cardápio pode ser repensado. Podem ser utilizadas lousas, modelos plastificados (higienizáveis) ou cardápios digitais, nos quais o cliente pode acessar lendo um QR Code pelo celular.

Cuidados com os clientes

  • Os cuidados com os clientes visam evitar aglomerações e aumentar a efetividade da segurança, ao mesmo tempo em que garante a percepção de que os cuidados estão adequados.
  • Sugere-se recomendar aos clientes, por meio de cartazes pela loja, que apenas uma pessoa da família, preferencialmente, venha fazer compras na padaria, evitando trazer crianças e idosos.
  • informe os consumidores quanto ao local para pegar os carrinhos e cestos de compras higienizados e onde deixá-los para serem limpos pelo serviço de limpeza da padaria e da confeitaria.
  • Utilize comandas descartáveis, eletrônicas ou que sejam de material de fácil higienização (estas devem ser higienizadas a cada uso com álcool 70%).
  • As garrafas térmicas de autosserviço de cortesia de chá e café devem ser retiradas. Se o estabelecimento desejar manter o serviço, o colaborador deve ser responsável por manusear as garrafas e servir o cliente em local adequado.
  • Caso sejam oferecidas cortesias como balas e doces, estes devem ser embalados individualmente e servidos também um a um, nunca disponibilizados em um recipiente para autosserviço.
  • Se for possível, definir caixa de uso exclusivo para idosos, gestantes, imunossuprimidos e grupos de risco.
  • Caso seu estabelecimento realize entrega em domicílio (delivery), ofereça este serviço aos clientes, principalmente os de grupo de risco, para que possam permanecer em casa.

E lembre-se:

A reabertura, por si só, não garante a imediata retomada do consumo. Isso dependerá do comportamento dos clientes, que querem se sentir seguros para consumir. Por isso, é necessário que os estabelecimentos se adaptem e comuniquem todos os cuidados que estão sendo tomados nesta nova fase.

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Alerta: Boletos falsos

A Amipão alerta que está se tornando muito comum fraudes de boletos falsificados. É preciso ficar atento! Ao efetuar qualquer pagamento em boleto bancário sempre verifique atentamente se os dados estão corretos.

Todos os boletos emitidos pela entidade referente a Contribuição Assistencial Patronal são através do banco 756-0 / SICOOB e são enviados apenas por meio dos Correios, a menos que seja solicitado o envio por e-mail.

Portanto, caso recebam qualquer cobrança referente a Contribuição Assistencial Patronal emitida em nome da entidade através de outro banco e por outro meio que nao seja através dos Correios, trata-se de fraude. Neste caso, não pague o boleto e entre em contato com o departamento financeiro da Amipão imediatamente: financeiro@amipao.com.br.


Verifique abaixo algumas informações para constatar a autenticidade da guia.